segunda-feira, 5 de maio de 2014

O jardim subiu no telhado

Escandinavos retomam a tradição dos tetos verdes

  (Foto: divulgação)
Com a crescente demanda por soluções ecológicas para as casas dos dias de hoje, os chamados telhados verdes têm ganhado espaço cada vez maior na arquitetura. Mas a prática não é de nada contemporânea: em países escandinavos, por exemplo, é empregada há séculos. Inclusive, até o século 19, construções com cobertura vegetal eram dominantes em áreas rurais dessas nações.
Seguindo o advento de materiais industrializados, como o ferro corrugado, a natureza perdeu espaço para o manufaturado, com os telhados ecológicos permanecendo apenas em áreas rústicas do interior. Mas, antes que pudessem desaparecer por completo, foram resgatados na Noruega pela vontade de alguns de manter vivas as tradições mais antigas do país. O conceito tem se tornado popular em casas de férias de regiões frias e foi valorizado por todo o mundo em construções contemporâneas como museus, chegando até a prédios corporativos.
São diversas as vantagens de optar por um telhado desse estilo. O peso da estrutura confere estabilidade à casa, e as plantas reciclam os gases nocivos do entorno, purificando o ar. Além disso, a cobertura é um isolante térmico – no inverno, preserva o calor dentro da casa e, no verão, mantém o frescor interno. O peso aproximado de 250 kg por m² de telhado verde comprime o material das paredes da casa, levando a menor incidência de correntes de ar, algo necessário em moradas de inverno. Uma camada de bétula abaixo da terra faz com que a cobertura seja à prova-d’água. Com benefícios diversos, tanto para a sociedade quanto para a natureza, a onda de telhados ecológicos ganhou até uma premiação: desde 2000, o melhor projeto escandinavo ganha reconhecimento do Scandinavian Green Roof Association.

  (Foto: divulgação)

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